Seguirei sozinha
Mesmo fraca ou oprimida
Te laceio sem dor
Aonde quer que for
Quero um
Me jogo da panela
Me sinto a vontade
Aonde está você
Me anulo me pontuo me perdi me pari
Me queixei desandei de pernas pro ar
Quero paz quero é mais
Mais prazer do meu viver
Estou cansada atordoada e não sei o que dizer
Não sei o que fazer
Não me resta mais nada
Além de mim mesma
Eu quero quisera eu querer
Me confundo nas palavras que eu mesma escrevi
Me perco no espaço aonde eu mesma empaquei
Emperrei
Emperrei minha janela
Mão tenho mais para onde olhar
Perdi meu norte
O meu forte era você
Me olhar
Me jogar nesta vida
Me jogar
Me jogar nesta vida
Me aturar
Quero te levar
Comigo
Para não ter que me encarar
O quão insuportável é a solidão
Será que tudo foi em vão?
Cadê você no meu quarto
Por quem eu choro
Mas não lamento?
Por quem
Vícios desvinculados invertebrados incalculados
Aonde foi que eu cresci
Desmascarei
Imaculei
Me arranquei de mim mesma para não sentir
Me encorajei
A seguir em frente
Sem ter nada para seguir
Sem ter nada para procurar
Quero meu conforto de todos os dias mais uma vez
Quero?
Não quero.
Não vá tão para longe
Aonde eu não possa te olhar
Mas quem?
Quem eu tenho que olhar?
Mas quem?
Eu não sei.
Eu não sei do que eu sinto falta
Eu não sei.
Eu não sei o que eu quero e se o que eu quero eu espero até o ano que vem ou o próximo
Desespero.
Me separo.
Me tolero.
Desespero.
Tenho que cuidar de mim mesma, mesmo?
Queriam mais é cuidar dos outros.
Não!
Tenho que cuidar de mim mesma.
O que eu sinto pelo outros não interessa mais.
Se os outros ficam ou vão não importa.
O que importa é que eu sempre fui ou fico.
Sempre.
E se eu vou para frente ou para trás eu decido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário