sexta-feira, 1 de novembro de 2013

10 anos atrás


Hoje faz dez anos da minha cerimônia de Bat Mitzvá.

O fato de eu lembrar disso não é uma celebração ou um  lamento, mas uma constatação de uma época da minha vida.

Algo curioso a se considerar é a minha participação nesta cerimônia, que ocorreu no colégio judaico onde cursei todo o Ensino Fundamental. Ou seja: onde passei outros dez anos da minha vida.

É curioso, porque a minha participação no Bat Mitzvá não foi realizando uma reza, mas cantando um poema chamado "Eshet chayil", que significa "Mulher virtuosa". 
É um poema do último capítulo do livro de provérbios do Rei Salomão, cuja função não é adorar a deus ou à fé judaica, mas enaltecer a figura da... Mulher.

Hoje, meu coração liberto da crença religiosa, fica contente com essa peculiar, quase premonitória, participação. 
Algo que pode ser chamado de ironia do destino.

Uma menina que um dia abandonaria crenças em divindades, mas acreditaria, acima de tudo, no poder do amor.

Aprecie neste vídeo o ápice da minha religiosidade e, ao mesmo tempo, não religiosidade.

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