segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

2012

Sufoca-se no aglomerado civil
Implora-se por um fôlego tóxico
Rodas soberanas marginalizam
aqueles que sob pernas às construíram

Turba tropega cega em pés estendidos
Pés criados em berços de lixo
Seres engravatados, sub-parasitas
tragam o resto do mundo hospedeiro

O horizonte se verticaliza
Para terem lugar no céu

A humanidade se capitaliza
Para ter lugar ao sol

Somos filhos bastardos da destruição
Somos pais alterados pela evolução

Imensidão mundana
mal abriga seus habitantes
amaldiçoados pelas companhias
iludidos pela solidão

Flor não nasce em concreto
Pássaro não canta em poste
Árvore não cresce em lixeira
E o homem só teme a sua morte

O horizonte se verticaliza
Para terem lugar no céu

A humanidade se capitaliza
Para ter lugar ao sol

Somos filhos bastardos da destruição
Somos pais alterados pela evolução


Vegetando a própria existência
bicho gente vive em estufa
Balbucia marxismo
Balbucia capitalismo
Balbucia o fútil do dia
Microscópico em seu próprio Universo

Falta o som do silenciar
Falta o frio para aquecer
Falta a falta do que fazer
Falta estrela p/ contar

Somos filhos bastardos da destruição
Somos pais alterados pela evolução

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