segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Vórtex de emoção

Dúvidas permeiam minha mente
Medos dominam minha alma
Eu só queria reaver aquela paz
Eu só queria reaver aquele ser

A insegurança obscurece soluções
O conformismo ignora o panorama
Daquilo que me destrói
Daquilo que me possui

Os passos, pesados, pareciam pecados
Os caminhos, trilhados, teimavam errar

Tudo o que é prático
Nunca me levou a lugar algum
O que eu tenho a perder?
O que eu tenho a ganhar?

A profundidade de um primeiro corte
É medida por de trás de uma venda
Mas ele não é o primeiro
Mas ele não é o mais profundo

É conseqüência, inconseqüente, dos que vieram depois...

O claro, cercado, cedia cansado
O coração, exautado, queria amar

A máxima lucidez não se atinge de um dia para o outro
Mas é vendida em caixinhas nas farmácias
Por um preço que pode lhe custar a vida...
De trabalho duro, é claro.

Mesmo assim, quando chegar a hora,
Minhas pernas irão ceder
Ao peso do cronômetro invisível
Que rege a minha vida
------------------------------
Obs: "repostando" um poema antigo, por seu valor emocional... 

2 comentários:

Gii.Zwicker disse...

o-o

Muito bom, IFdF! o-o

Nathi disse...

É impressionante como vc pareceu dizer com outras palavras a mesma coisa que o Fernando quis dizer na música do cidadão de papelão:"Me mato pra não morrer"...

Às vezes tudo é tão claro, mas tão obscuro tentar lutar contra o que vemos nestes raros momentos!!
^^
Obrigada pelo seu comentário, é realmente importante saber que o que eu escrevo não são só sentimentos meus mas tem mais gente que se sente da mesma maneira!

Creative Commons