domingo, 2 de agosto de 2009

Seguirei sozinha


Mesmo fraca ou oprimida


Te laceio sem dor


Aonde quer que for


Quero um


Me jogo da panela


Me sinto a vontade


Aonde está você


Me anulo me pontuo me perdi me pari


Me queixei desandei de pernas pro ar


Quero paz quero é mais


Mais prazer do meu viver


Estou cansada atordoada e não sei o que dizer


Não sei o que fazer


Não me resta mais nada


Além de mim mesma


Eu quero quisera eu querer


Me confundo nas palavras que eu mesma escrevi


Me perco no espaço aonde eu mesma empaquei


Emperrei


Emperrei minha janela


Mão tenho mais para onde olhar


Perdi meu norte


O meu forte era você


Me olhar


Me jogar nesta vida


Me jogar


Me jogar nesta vida


Me aturar


Quero te levar


Comigo


Para não ter que me encarar


O quão insuportável é a solidão


Será que tudo foi em vão?


Cadê você no meu quarto


Por quem eu choro


Mas não lamento?


Por quem


Vícios desvinculados invertebrados incalculados


Aonde foi que eu cresci


Desmascarei


Imaculei


Me arranquei de mim mesma para não sentir


Me encorajei


A seguir em frente


Sem ter nada para seguir


Sem ter nada para procurar


Quero meu conforto de todos os dias mais uma vez


Quero?


Não quero.


Não vá tão para longe


Aonde eu não possa te olhar


Mas quem?


Quem eu tenho que olhar?


Mas quem?


Eu não sei.


Eu não sei do que eu sinto falta


Eu não sei.


Eu não sei o que eu quero e se o que eu quero eu espero até o ano que vem ou o próximo


Desespero.


Me separo.


Me tolero.


Desespero.


Tenho que cuidar de mim mesma, mesmo?


Queriam mais é cuidar dos outros.


Não!


Tenho que cuidar de mim mesma.


O que eu sinto pelo outros não interessa mais.


Se os outros ficam ou vão não importa.


O que importa é que eu sempre fui ou fico.


Sempre.


E se eu vou para frente ou para trás eu decido.

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