quinta-feira, 23 de maio de 2013

Maio





Maio é aquele mês fatídico, no qual absolutamente nada acontece da maneira que eu gostaria. Sinceramente, odeio Maio. 

É um mês desconfortável, ninguém é seu amigo direito, ninguém se aproxima ou, se tenta se aproximar, sou eu quem não tenho disponibilidade. Um horror, o pesadelo do desencontro e do ressentimento.

Maio é mês de perdas. Perco saúde, perco amigos, perco dinheiro, perco amor, perco tempo, perco a paciência e um pouco da vontade de acreditar. 

Parece até que ficou marcado nas minhas células: este mês foi feito especialmente para você sofrer. Inferno astral extra e adiantado. Troço do capeta que se passar devagar é ruim, mas se passar rápido é pior. Tortura da pior espécie. 

Devo ter morrido ou matado em Maio já umas centenas de vezes nas outras vidas. Eita mês dolorido, solitário. Feito mesmo para perder a inocência de vez.

Maio é mês de jogar tudo para o ar e querer que se exploda. Ele existe para te passar a rasteira e só.

Mas se formos olhar por outro ângulo, pode ser uma época para se queimar pontes e não voltar atrás daquilo que não serve mais. 

Eu fico ressentida, mas, na verdade, Maio deve ser a época ideal para se renovar, queimar tudo para depois montar o casulo em Junho, encubar em Julho e renascer em Agosto.

E que das cinzas renasçamos melhores e mais fortes!

Um comentário:

Ana disse...

já vai passar <3

Creative Commons