terça-feira, 29 de novembro de 2011

Viver


O sistema nos faz acreditar que só existe um único caminho a se viver: nascer, ir para escola, ir para a faculdade, arranjar um emprego, casar, comprar uma casa, ter filhos, se aposentar e morrer.


Conforme o tempo passa, a fórmula acima se modifica um pouco aqui ou ali, mas se mantém em essência. Diria, com certa margem de erro, que, ao menos em relação à população ocidental ou ocidentalizada, a maioria das pessoas segue esta norma enquanto alguns poucos tentam algo diferente. E, quando tentam, ou sofrem de preconceito, ou sofrem de angústia em algum momento.


De certa maneira, quando estamos imersos nesta realidade, é realmente difícil enxergar para fora da caverna. Quando percebemos, já se passou 60 anos e jogamos nossos desejos pela janela, apenas porque permitimos alguma outra pessoa dizer como devemos viver a nossa própria vida.


Eu descobri que a vida não é uma série de obrigações a serem cumpridas, não é uma sequência de fases a serem superadas, uma semana que começa e logo termina. 

Não é um dia após o outro. É uma vida após outra. Quando o sol nasce e quando se põe.

Não é ser reconhecido, aclamado, condecorado. É realizar o bem e o que te faz bem, independente de tudo.

Não é suprir as expectativas alheias, não é viver de aparências, não é viver nos conformes. É achar a própria fórmula da felicidade.

Não é viver adiante. É ser feliz em cada respiro.

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